Psicanalistas pela Democracia celebra o Dia Internacional da Mulher com dois exemplos notáveis que colocaram a mulher brasileira no centro das lutas e dos conflitos mais importantes do país nos últimos anos. Apesar de distintos, ambos indicam os efeitos de transmissão de lutas de mulheres no passado e sua retomada urgente, difícil e complexa no presente obstaculizada por heranças fálicas mal digeridas e caricatas, convertidas em chauvinismo, misoginia e machismo e recolocadas constantemente na agenda por hordas de homens ameaçados, covardes e temerosos que, perfazendo absoluta maioria, ainda patrimonializam o poder no país.
Nesses dois exemplos gerações distintas de mulheres perfazem uma linha de continuidade onde medram as melhores esperanças. A menina, a jovem, a mulher.
Em homenagem às mulheres brasileiras, lembramos um trecho do discurso de Dilma Roussef, a primeira mulher a ser eleita e reeleita por voto direto, após a sua reeleição em 2014.
Quero contar para vocês uma cena que vivi no aeroporto quando um casal e uma filhinha muito bonita se aproximaram de mim. E a mãe falou assim: ‘Eu trouxe aqui minha filha para você dizer a ela que mulher pode sim ser presidente.’ Aí eu disse: ‘Pode sim, não tenha dúvida que mulher pode.’ Sabem qual o nome dessa menininha? Ela se chama Vitória!
O filme dirigido por Flávio Colombini e Beatriz Alonso “Lute como uma menina” mostra a luta das meninas-mulheres pela educação, por mais justiça e por mais igualdade.
A todas as mulheres do mundo que hoje aderirão à paralisação mundial, àquelas que vestirão lilás, àquelas que marcharão pelas ruas e àquelas que sequer conhecem seus direitos, ainda submetidas ao jugo do falicismo combalido e quiçá, num futuro breve, ultrapassado, nosso muito obrigado.